quarta-feira, 18 de maio de 2016

O Escaravelho do diabo

Recentemente para minha grata surpresa, ao visitar uma sala de cinema, me deparei com a adaptação do clássico livro da coleção vaga-lume, escrito pela brilhante Lúcia Machado de Almeida - O escaravelho do diabo.
Para a legião de adultos, que viveu sua infância e adolescência na década de 90 (sim,é o meu caso!!!), é maravilhoso poder revisitar, mesmo que em forma de adaptação, essa história que nos embalou em nossas noites chuvosas - aquelas que agente tinha que ficar trancado em casa, sem poder sair pra rua bagunçar >rsrss<
No meu tempo, não possuíamos internet, pelo menos não tão democratizada como hoje, nem tampouco smartfones, ou tablets. Agente nem sonhava com o youtube, facebook, e então, ocupávamos nosso tempo ocioso jogando queimada na rua, brincando de stop com os amigos, e nos dias que não podíamos nos reunir, ficávamos em casa lendo - SIM!!! LENDO!!!

Posso afirmar com toda certeza que eu vivi intensamente essa fase, e toda essa nostalgia me faz tão bem... E foi um pouco dessa nostalgia gostosa, essa aura saudosista, que tomou conta de mim, no momento em que me sentei na poltrona pra assistir "O escaravelho".

Falando da autora: a mineira de Santa Luzia, Lúcia Machado de Almeida, estudou literatura, história da arte, línguas, piano e canto. Pertencia a uma família de renomados escritores (era cunhada do poeta Guilherme de Almeida), conquistou vários prêmios literários e atraiu com seus contos, o público jovem para o mundo dos livros.

A história original do "Escaravelho do diabo" foi escrita em 1972, conta a saga de um estudante de medicina chamado Alberto, que vivia na cidade de Vista Alegre, e encontrou a traumatizante cena do irmão morto com uma espada espanhola fincada no peito. A partir daí, começa juntamente com o inspetor Pimentel, uma intensa investigação, e sai no encalço do assassino, que começa a executar outras vítimas, sempre ruivas e sardentas, após enviar a estas um pacotinho contendo um escaravelho dentro.
O tipo de escaravelho enviado, sempre possuía relação com as mortes, como por exemplo no caso do jovem Clarence O'Shea, filho da dona da pensão da cidade, Cora O'Shea, que morre envenenado após receber um exemplar do besouro Hipophenemus toxicodendri
Por se tratar de um adulto, os flertes de Alberto, tanto com Rachel Saturnino, quanto com Verônica, dão um tempero de romance a esse suspense tão eletrizante, que faz com que agente não queira parar de ler.
Os personagens coadjuvantes, como é o caso dos moradores da pensão de Cora, Mr. Graz, Mr. Gedeon, a copeira, o cozinheiro, entre outros, ganham importância no enredo, a medida que a suspeita em cima de cada um deles cresce. Mas eu garanto, que o final, é surpreendente.
Se você ficou curioso para descobrir, então LEIA!!! 

O filme, é uma adaptação, então percebemos muitas diferenças em relação a história original, como por exemplo o fato de Alberto ser uma criança. Mas sabemos, que seria um tanto anacrônico, transportar a história para o ano de 2015, trazendo consigo o contexto da década de 70, em que não existiam os meios tecnológicos dos quais lançamos mão hoje, e que tornam tão plausível a possibilidade de uma criança colaborar para uma investigação.
Enfim, creio que a intenção dos roteiristas e do diretor Carlo Milani foi das melhores, e o que eu mais gostei no filme, foi o caráter cômico que adquiriu a personagem do delegado Pimentel (interpretado por Marcos Caruso), com seus breves lapsos de "esquecimento", o que tirou um pouco da tensão, típica de uma história de serial killer.
A trilha sonora também é sensacional!!!

O TRAILER:



Essa é minha dica, leiam o livro e assistam ao filme, porque ambos valem muito a pena!



BOA NOITE ; )

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