Minha última companhia de viagens foi o livro: O MENINO DA MALA, obra das autoras dinamarquesas Agnete Friis e Lene Kaaberbol.
Celebrada pelo New York Times Book Review, a história narra as desventuras da enfermeira da Cruz Vermelha - Nina Borg, que após receber uma ligação estranha de sua amiga Karin, corre a fim de resgatar uma mala contida no porta volumes da estação ferroviária de Copenhague.
Ao abrir a mala, Nina se depara com uma cena chocante, nela, nu e encolhido, encontra-se o corpinho de um menino de aproximadamente 3 anos de idade.
A narrativa é alucinante. Os primeiros capítulos são escritos de forma a apresentar as diferentes personagens isoladamente. Essas subtramas a princípio não se entrelaçam, porém ao longo da história, percebemos a relação entre cada um dos núcleos: a família rica da Dinamarca, o casal pobre, a mãe solteira da Lituânia e seu filho.
Nina, uma heroína quase suicida, resgata o garotinho que é a peça central deste suspense em forma de quebra cabeças. É em direção a trama de Nina e do menino da mala, que convergem todas as outras, o que torna a história mais instigante a cada capítulo lido.
O drama do menino da mala, nos faz refletir sobre as questões que envolvem o tráfico de crianças e de órgãos.
Todos os anos, muitas crianças desparecem ao redor do planeta e no caso específico do livro, somem nas regiões mais remotas do leste europeu.
Nessa zona pobre da Europa, é comum a venda de crianças recém nascidas para casais interessados em adoções ilegais. Essas vendas são intermediadas por clínicas clandestinas, para onde as gestantes pobres, geralmente adolescentes que não tem condições de criar seus filhos, se dirigem.
Nessa zona pobre da Europa, é comum a venda de crianças recém nascidas para casais interessados em adoções ilegais. Essas vendas são intermediadas por clínicas clandestinas, para onde as gestantes pobres, geralmente adolescentes que não tem condições de criar seus filhos, se dirigem.
A maioria das mães, acreditam que os filhos seguirão para os braços de pais amorosos, que os aguardam ansiosamente.
Porém, determinadas crianças são vítimas de criminosos especializados em tráfico de órgãos, por possuírem perfil genético semelhante ao de quem as encomenda. Essas pessoas as adquirem como se estivessem comprando carne exposta em vitrines de açougue.
Recém nascidas, ou crescidinhas, tanto faz, o sofrimento para estas crianças é o mesmo. Trata-se de uma história triste, que no entanto é baseada em fatos reais.
Mas o livro nos traz uma pontinha de esperança, no momento que celebra a luta que Nina trava, ao resgatar crianças como Mikas Ramoska, o menininho que foi sequestrado, brutalmente retirado dos braços da mãe, vivenciando situações traumáticas que deixarão marcas eternas em sua alma.
Mas o livro nos traz uma pontinha de esperança, no momento que celebra a luta que Nina trava, ao resgatar crianças como Mikas Ramoska, o menininho que foi sequestrado, brutalmente retirado dos braços da mãe, vivenciando situações traumáticas que deixarão marcas eternas em sua alma.
Há vilões, mas há gente boa também. Gente que luta pelos inocentes, que não fica em cima do muro.
Por isso recomendo a leitura desta obra.
Boa noite! E boa leitura ; )
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