Há muito tempo, uma leitura não me comovia tanto! Enquanto lia esse livro, por diversas vezes me peguei sorrindo sozinha, sentada no banco de um ônibus, ou à beira de lágrimas, em pé, dentro do vagão do metrô.
Percebia o olhar de algumas pessoas, que com certeza pensavam: essa moça deve estar louca...
"Tomates verdes fritos" despertou uma gama de sentimentos em mim. Todos muito bons. Entre eles a nostalgia, que particularmente me resgatou de uma situação complicada pela qual passava, durante a leitura da obra.
A autora Fannie Flagg compôs habilmente essa história, que narra fatos ocorridos no período do pós depressão - após a queda da bolsa em 1929, nos Estados Unidos - mais precisamente no sul do país, no Estado do Alabama.
Todas as vezes que abria o livro começava a tocar "dentro da minha cabeça" uma canção chamada "Sweet home Alabama" da banda Lynird Skynird (inclusive estou escutando ela agora, mas, nos fones de ouvido) que automaticamente me transportava para meu doce lar, no interior, onde os céus são tão azuis quanto os da letra da música.
Rompendo as berreiras do preconceito, através da história de amor vivida por Idgie Threadgood e Ruth Jameson e da convivência fraterna entre os brancos das famílias da Parada do Apito e os negros do vilarejo de Troutville, Flagg nos faz acreditar num mundo melhor, onde amor, amizade, respeito e cumplicidade são capazes de unir diferentes pessoas e mantê-las em paz e coesas, não importa as intempéries que ocorram mundo afora.

A narrativa se inicia com a notícia da inauguração do Café da Parada do Apito, das proprietárias Idgie e Ruth. O Café passou então a ser o principal point da vila, onde toda a população se reunia para desfrutar de uma boa refeição e da companhia dos vizinhos.
Mas essa história intercala capítulos como o descrito acima, que ocorreram por volta da década de vinte, com capítulos onde a simpática Ninny Threadgood (cunhada de Idgie) já com mais de oitenta anos e residindo no asilo Rose Terrace, narra as desventuras da fraternidade da Parada do Apito, para sua nova amiga: Evelyn Couch, a nora de outra residente do asilo, que entendiada, encontra na amizade com Ninny inspiração para sua desafortunada vida.
Entre uma guloseima e outra, saboreadas pelas duas, Ninny nos transporta para o passado árido dos americanos, sobre tudo dos sulistas, após a queda da bolsa em 1929 que provocou desabastecimento dos mercados e uma profunda crise financeira, que conduziu muitos cidadãos a indigência.
Bons corações como os de Idgie e Ruth, ainda existiam e ambas com sua compaixão desmedida alimentavam os famintos, acolhiam os negros - numa época em que a segregação era regra nos Estados Unidos - e faziam da vida naquela longínqua vizinhança, um fardo leve de suportar.
Termino de escrever essa resenha ao som de "Simple man", outra linda canção do Lynird Skynird. Recomendo fortemente que você faça a leitura dessa obra prima, mas se estiver sem tempo, assista o filme, que deve estar disponível em alguma plataforma de vídeos, com certeza.
Mas do que romper as barreiras de preconceito, essa leitura traz reflexões sobre o nosso humanismo. Pois somos todos humanos e devemos nos respeitar, ao menos. Infelizmente podemos perceber ao longo dos anos que o amor tem se esfriado do coração de muitos. Portanto, façamos nossa parte, vamos amar! Já que a vida é muito curta para desperdiçá-la com tanto ódio!
PS.: O livro tem um bônus com receitas da Sipsey, a cozinheira do Café da Parada do Apito - eu vou testar algumas!
Boa leitura!!!

A narrativa se inicia com a notícia da inauguração do Café da Parada do Apito, das proprietárias Idgie e Ruth. O Café passou então a ser o principal point da vila, onde toda a população se reunia para desfrutar de uma boa refeição e da companhia dos vizinhos.
Mas essa história intercala capítulos como o descrito acima, que ocorreram por volta da década de vinte, com capítulos onde a simpática Ninny Threadgood (cunhada de Idgie) já com mais de oitenta anos e residindo no asilo Rose Terrace, narra as desventuras da fraternidade da Parada do Apito, para sua nova amiga: Evelyn Couch, a nora de outra residente do asilo, que entendiada, encontra na amizade com Ninny inspiração para sua desafortunada vida.
Entre uma guloseima e outra, saboreadas pelas duas, Ninny nos transporta para o passado árido dos americanos, sobre tudo dos sulistas, após a queda da bolsa em 1929 que provocou desabastecimento dos mercados e uma profunda crise financeira, que conduziu muitos cidadãos a indigência.
Bons corações como os de Idgie e Ruth, ainda existiam e ambas com sua compaixão desmedida alimentavam os famintos, acolhiam os negros - numa época em que a segregação era regra nos Estados Unidos - e faziam da vida naquela longínqua vizinhança, um fardo leve de suportar.
Termino de escrever essa resenha ao som de "Simple man", outra linda canção do Lynird Skynird. Recomendo fortemente que você faça a leitura dessa obra prima, mas se estiver sem tempo, assista o filme, que deve estar disponível em alguma plataforma de vídeos, com certeza.
Mas do que romper as barreiras de preconceito, essa leitura traz reflexões sobre o nosso humanismo. Pois somos todos humanos e devemos nos respeitar, ao menos. Infelizmente podemos perceber ao longo dos anos que o amor tem se esfriado do coração de muitos. Portanto, façamos nossa parte, vamos amar! Já que a vida é muito curta para desperdiçá-la com tanto ódio!
PS.: O livro tem um bônus com receitas da Sipsey, a cozinheira do Café da Parada do Apito - eu vou testar algumas!
Boa leitura!!!
"Tomates verdes fritos"
Autor: Fannie Flagg
Editora: Globo livros
Páginas: 429
Avaliação: 5 estrelas
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