quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

"Hugo Chavez, o espectro" - Leonardo Coutinho

 Mais uma pérola resgatada em meio as liquidações de livros por R$10,00, "Hugo Chavez - o espectro" escrito pelo jornalista brasileiro Leonardo Coutinho,  foi uma experiência de leitura incrível.
Através dessa obra pude compreender como um país tão rico quanto a Venezuela, cheio de reservas de petróleo e com uma localização super estratégica, está passando pelo atual colapso econômico e político que condena milhões de seus habitantes à pobreza extrema.


Com base em milhares de páginas de documentos, muitos deles secretos, e mais de uma centena de entrevistas em dez países - o jornalista revela como as digitais do ditador Hugo Chavez estão espalhadas em todo o mundo desde a explosão de violência na América Central, em virtude do narcotráfico que a Venezuela incorporou como política de estado, no objetivo de destruir o inimigo opressor dos povos latinos - os Estados Unidos - até o financiamento de organizações terroristas como o grupo Estado Islâmico.
Hugo Chavez, a partir de seus devaneios megalomaníacos e sob o pretexto ético de implantar o "Socialismo do Século XXI", uniu-se às FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e aos terroristas islâmicos do norte da África, estabelecendo assim uma rota de tráfico de drogas contínua e prolífera, que alimentava toda a Europa e Estados Unidos.
Unir-se aos radicais islâmicos visava um objetivo comum: implodir os valores ocidentais, a fim de criar um caos, só assim seria possível estabelecer uma nova ordem mundial, o "Socialismo do século XXI". Atacar os pilares fundamentais que estruturam o Ocidente, como a democracia, a religião cristã, a família, foi estratégico e rende frutos até os dias atuais, porém hoje vemos tal estratégia com uma roupagem aparentemente mais nobre (o progressismo).
Eleito em 1998 com a promessa de tirar a Venezuela da crise e com o compromisso de conduzir o país ao desenvolvimento, o ditador desperdiçou a fortuna arrecadada em Petrodólares, financiando além do narcotráfico e de atos terroristas - inúmeras ditaduras comunistas - como Cuba por exemplo, além de investir nos partidos políticos de viés esquerdista (como o PT no Brasil) para que vencessem as eleições, de maneira que pudesse estender seus tentáculos para outras nações. Usou petrodólares para comprar presidentes, como no caso da Argentina, que negociou segredos nucleares com o Irã por intermédio de Hugo Chavez. Tal conexão com os radicais islâmicos do Hezbollah, rendeu a Argentina o atentado á Associação Mutual Israelita Argentina, que matou dezenas de judeus e feriu outros tantos. Anos depois, acusada pelo procurador Alberto Nisman, de co-participação nos atentados, a então Senadora Cristina Kirshner ordenou que o mesmo fosse executado, de maneira que sua morte parecesse um suicídio.
Tantas são as atrocidades contidas nesse livro, que considero praticamente impossível que uma pessoa em sã consciência, após a leitura, ainda escolha defender o "Socialismo" ou "Comunismo" independente da aparência que este assuma.
Como é de se imaginar, após escrever a obra, Coutinho foi vítima de perseguições em seu meio e não é muito bem quisto entre seus pares na imprensa - unicamente por ter revelado o quanto Chavez ainda assombra o mundo através de seu espectro, um legado de destruição que Nicolás Maduro soube herdar e manter, conduzindo a Venezuela rumo ao abismo.

"Hugo Chavez - o espectro" 
Autor: Leonardo Coutinho
Editora: Vestígio
Páginas: 194

Avaliação: 5 estrelas

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