A população brasileira está apreensiva a respeito da vacinação contra o coronavírus. As especulações midiáticas, sobretudo as que tem viés político, não ajudam em nada a esclarecer as questões técnicas a respeito das vacinas.
Segue abaixo, uma breve resenha contendo explicações sobre as características de cada uma das vacinas que estão autorizadas pela ANVISA a realizar testes clínicos no Brasil:
Vacina da Pfizer - é uma vacina de RNA, ou seja, feita com um pedacinho do código genético do coronavírus: o trecho responsável pela codificação da proteína spike (que são esses pequenos prolongamentos, contidos na superfície do vírus) através da qual o vírus se conecta às células humanas.
Vacinas da AstraZeneca (Oxford) e da Janssen - São do tipo "vetor viral", elas usam um segundo vírus como veículo. A vacina utiliza como vetor um adenovírus que infecta chimpanzés e sofreu duas modificações em laboratório: foi enfraquecido para que não consiga se replicar no corpo humano e ganhou a proteína spike do coronavírus. Quando a pessoa toma essa vacina, seu sistema imunológico ataca o adenovírus e cria uma memória contra o spike. Mais tarde, se ela for contaminada pelo coronavírus, o organismo irá reconhecê-lo e disparar uma resposta imunológica imediata, debelando a infecção. Pura tecnologia!
Vacina Coronavac (China) - A vacina chinesa é a mais simples, porque é a única que não se baseia em uma tecnologia nova. Trata-se de uma vacina de vírus inativado. A inativação é uma técnica dominada pela ciência há mais de 50 anos, e consiste em pegar o vírus e submetê-lo ao calor, ou a uma substância química como o formol para "matá-lo" tornando-o incapaz de infectar células humanas.
Qual vacina você tomaria?
Se eu pudesse escolher, daria preferência as da Pfizer, da AstraZeneca ou da Janssen, por dois motivos; primeiro - possuem tecnologias que te expõe a apenas uma fração mínima do vírus e, segundo - porque sou farmacêutica e trabalho há muitos anos em contato com estes laboratórios, por isso confio muito no trabalho deles.
A fonte para essa resenha foi a Revista Super Interessante, Edição 421, de Novembro de 2020.
Caso queira obter mais informações, vale a pena lê-la!
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