quinta-feira, 7 de abril de 2022

A caminho da luz - Chico Xavier (pelo Espírito Emmanuel)

 Antes de escrever essa resenha, retornei à Introdução do livro "A caminho da luz" de Chico Xavier e para minha surpresa, ela começava da seguinte forma:

"Enquanto as penosas transições do século XX se anunciam ao tinido sinistro das armas, as forças espirituais se reúnem para as grandes construções do porvir".


"... tinido sinistro das armas..." - Parece que o ciclo se repete, mais uma vez. Já em pleno século XXI nos encontramos diante de mais uma grande guerra, entre duas potências - Rússia e Ucrânia - e temos visto as mais absurdas atrocidades sendo cometidas por ambição desmedida, por poder. 
Contudo, a frase introdutória termina de maneira positiva prometendo "construções do porvir". É fato que após as duas grandes guerras do século XX e também da guerra fria (não vou escrever guerra com letra maiúscula - me recuso) houve um enorme avanço científico e tecnológico que alçou a humanidade a uma nova era de bem-estar e satisfação social.
A proposta dessa incrível obra - inspirada pelo Espírito Emmanuel - é traçar um panorama histórico e evolutivo da humanidade até os dias de hoje, com base no conhecimento e ponto de vista da espiritualidade. Começa na gênese planetária, que descreve a formação do planeta Terra e das formas de vida rudimentares, passando pela contribuição de todas as civilizações antigas: egípcios, hindus, hebreus, chineses, gregos, romanos, além de narrar acontecimentos históricos como: a vinda de Jesus, a evolução do cristianismo, a era medieval da igreja, as Cruzadas, o renascimento, a revolução francesa.
No capítulo 3, Emmanuel fala da origem da raça adâmica. Essa horda de espíritos teria vindo da Constelação do Cocheiro - a qual tem por maior estrela "Cabra" ou "Capela". Espíritos que teriam sido exilados do sistema de Capela (que guarda semelhança com nosso sistema solar) haviam sido enviados à Terra a fim de evoluir, uma vez que eram rebeldes e dificultavam a consolidação de conquistas maiores por parte daquele povo e uma ação de saneamento espiritual deveria ser conduzida, assim como está ocorrendo ou ocorrerá com nosso orbe.
Dessa forma, podemos perceber que o caminho da luz vem sendo trilhado com base em dor e sofrimento - antes em Capela e agora na Terra. No capítulo 12, que trata da vinda de Jesus, há um trecho que diz que a paixão de Cristo é a representação desse estado de consciência que a humanidade vestia na época de sua chegada e que ainda insiste em trajá-lo. Jesus na cruz representa o caminho de dor escolhido pela coletividade de almas que constituem nossa civilização, uma vez que os homens repeliram o amor em suas cogitações de progresso.
Os capítulos 14 e 16 que tratam respectivamente da Edificação cristã e da Igreja, expõem o quanto a religião foi inútil em religar de fato o homem ao Deus que habita dentro de si.
A figura soturna da Igreja Católica abordada nesses capítulos, é comparada ao simbolismo apocalíptico da besta vestida de púrpura e embriagada com o sangue dos homens, visto que "as autoridades eclesiásticas compreendem que é preciso fanatizar o povo, impondo-lhe suas ideias e suas concepções, e, longe de educarem a alma das massas na sublime lição do Nazareno, entram em acordo com a sua preferência pelas solenidades exteriores, pelo culto fácil do mundo externo, tão do gosto dos antigos romanos pouco inclinados ás indagações transcendentes."

A conclusão que chegamos ao terminar a leitura é a de que os ciclos de dor e sofrimento se repetem ao longo da história, entretanto, conforme a legião de espíritos encarnados e desencarnados que habitam o planeta Terra expande em consciência, essa tendência se retrai dando origem a um genuíno desejo de progredir através do amor, da empatia e da compaixão pelo próximo.
Creio que, com a evolução de uma grande parte dos espíritos, aqueles rebeldes, transgressores, que preferirem permanecer nas trevas se comprazendo na dor do outro, serão exilados para outros orbes de evolução inferior a fim de se sintonizar com almas que estejam na mesma vibração densa.
Termino essa resenha com uma pergunta: que tipo de espírito é você? Em qual sintonia você se encontra na escala vibratória?

Deus nos deu livre arbítrio e podemos escolher entre trilhar o caminho da dor, ou o caminho da luz, do amor - este último sim, nos conduz diretamente ao encontro da divindade que mora dentro de cada um de nós.

Qual a sua escolha?

"A caminho da luz" 
Autor: Chico Xavier - pelo Espírito Emmanuel
Editora: Federação Espírita Brasileira
Páginas: 206

Avaliação: 5 estrelas

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